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quarta-feira, 20 de maio de 2015

.: A ESSÊNCIA DO CONTADOR DE HISTÓRIAS

.: A ESSÊNCIA DO CONTADOR DE HISTÓRIAS: A ESSÊNCIA DO CONTADOR DE HISTÓRIAS... ...

A ESSÊNCIA DO CONTADOR DE HISTÓRIAS








A ESSÊNCIA DO CONTADOR DE HISTÓRIAS... “E o verbo se fez carne e habitou entre nós” Como é forte esta palavra não é? A palavra é capaz de fazer-se carne. Então pensando nisso discorri tal texto, ou melhor, estes pensamentos... O sentido da arte de contar histórias é a beleza da narrativa estão na essência desta arte que é a palavra, mas o que é a palavra sem quem a diz? Ou quem a ouve? Como diferenciar um contador de histórias de outro?Já pensaram nisso? A ancestralidade, a oralidade, o texto e a história são as bases sólidas, fortes e que permanecem, mas é fato um contador de histórias não sobrevive se o mesmo não for humano, se não tiver coração de criança, inocência dos amores da juventude, perfume dos avós no coração, sabedoria materna e olhar paterno para os seus atos e ações. Quando contamos emprestamos ás histórias nossos sentimentos, emoções, experiências e isso precisam ser verdadeiro, sincero a história não pode soar como falsa e lembrem-se soa como falsa se não tiver sentimento! Ao contar uma história não podemos ser teatralização pura, expressar o que não sentimos não tem nada pior que um choro sem emoção, uma lágrima que não rola ou um sorriso de dentes sem a beleza da naturalidade. E neste tempo de modismo, globalização, internet ligada 24 horas, de repente é moda criar e virar situações, não importando se são verdades ou inverídicas tudo valem para chamar a atenção do outro, vejo os seres humanos se transformando em suas próprias vítimas virtuais, gerando problemas para si mesmos. Uma grande preocupação hoje no mundo com o modismo e que hoje transformou também a arte de contar histórias, é que muitos hoje contadores de histórias que existem por merecimento, trabalho, pesquisa, lutas e buscas de longos anos de trabalho possam perder suas essências e possam permitir a serem contagiados por estes fatos tão negativos e de puro existencialismo superficial. A verdade é que mundo virtual hoje é tão superficial quanto aos resultados positivos de tratamento em consultórios psicológicos onde a terapia não se baseia no autoconhecimento pessoal. Sabe-se que verdadeiros contadores de histórias não são oportunistas, que não se tornaram contadores de histórias por terem vivenciado apenas grandes frustrações pessoais ou porque não conseguiram viver de TV, palco teatral e mídia. Porque a essência destes que fazem da arte seus refletores pessoais é diferente daqueles que fazem a sua arte para todos, por todos e com todos. Infelizmente como toda arte, a arte de contar histórias também entrou no modismo do mundo virtual, temos pessoas de todo jeito contando e dizendo que contam: alguns com a coragem até de criar Fakes, fazer personagens virtuais criar vida, esquecer suas origens, criar situações em benefício próprio, postar inverdades, deixar suas opiniões subentendidas, expor suas vidas pessoais, criar e publicar noticias, apenas para se ter garantido holofotes da vida virtual ou simplesmente uma curtida de outro tão afetado emocionalmente quanto ele. E por mais que não se diga ou se lamenta o público vira vítima virtual e o público daquele que seriamente trabalhou aquele que cria pesquisa, estuda, fundamenta suas ações é diferente daquele público que está presente por causa da mídia que se faz efêmero, vem mais vai tão rápido quanto veio. Mas é necessário mesmo que ao realizarmos uma análise crítica a todo o momento como contador de histórias e como platéia e de perceber se aquele que faz arte tem atitudes e práticas condizentes com suas narrativas, precisamos ensinar a nossa platéia a desenvolver a arte do olhar e a arte do ouvir com o coração. O nosso olhar tem que ir para além o outro, os nossos olhos precisam ver ao redor e perceber o que de fato este contador de histórias, este mediador de leitura, este escritor, ou vendedor de livros está fazendo para contribuir com um mundo melhor em que ou quem sua arte está tocando, quem está se beneficiando, com essa leitura, essa narração, essa apresentação. Questione-se como plateia diante de um artista:O que vejo é apenas para o superego e ego de quem se apresenta ou a favor da mídia imediata? Ou esta pessoa em palco tem de fato um trabalho revolucionário, social, envolvente que pode gerar frutos em prol de uma qualidade de vida de muitos? Mas no meio dessa confusão humana de descobertas pessoais, virtuais e sociais como fica a história? Muitas vezes perdida entre postagens, boatos, fatos, finais modificados ou recontos que ninguém entende. Se a essência do contador se perde a história também se perde. Então perdemos todos. Assim como as fadas morrem quando deixamos de acreditar nelas, morre a razão da existência das histórias, uma história nasce para fazer o bem a quem ouve e a quem conta só isso... Locais e espaços físicos ainda temos muitos e temos de sobra precisamos mesmo é ocupar, não falta trabalho para o contador de histórias como seria perfeito todas as praças ocupadas, hospitais, asilos, orfanatos, escolas, shoppings por estes profissionais. Acreditar e contribuir com a formação continuada e eventos que promovem a troca de experiências entre pares das mesmas artes tem que ser função social de quem conta histórias a partilha e o bem. Mas é importante lembrar que o real sentido da arte de contar histórias está na humanização dos sentimentos, sonhos, nos atos e nos encantos daquele que tem no resgate das palavras a fidelidade com as histórias com foque principalmente nos sentimentos que a história aflora em nós. A história a ser narrada tem que haver com o que sinto e acredito, não tenho o direito de transformar aquele texto em holofotes virtuais em prol de algo que não sou e nem acredito, temos que desenvolver em nós o sentimento de um verdadeiro contador de histórias que sabe e faz uso da palavra com foco na importância de ler, pesquisar, estudar, entender o texto e o contexto. Então deixo aqui estas linhas mal traçadas de questionamentos que me faço sempre por que sei que estamos em constante evolução e a arte de contar histórias vive hoje um tempo único e incrível. Os contadores de histórias estão construindo uma história real em tempo virtual que de fato é maravilhosa, estão criando seus espaços, hoje os contadores de histórias tornaram se grandes personalidades de visibilidades, resignificando assim seus papéis, construindo pontes e escalando Everests inimagináveis, mas não podemos perder o foco da narrativa humanizada. Que holofotes virtuais existam, mas que não sejam mais importantes que a história.
Maristela Papa -  Conselheira Educacional da Associação Amigos das Histórias 20/05/2015.

sábado, 16 de maio de 2015


Três anos do aniversário do Sarau de Histórias da Associação Amigos das Histórias



Cantando os parabéns: https://fbstatic-a.akamaihd.net/rsrc.php/v2/y4/r/-PAXP-deijE.gif









quinta-feira, 7 de maio de 2015

CARTA DOS CONTOS
               
A Carta dos Contos é uma iniciativa da Associação Amigos das Histórias e foi proposta no dia 20 de março de 2015, no auditório Nereu Ramos da Câmara Federal. Tem como objetivo a valorização do contador de histórias em todo território nacional, além da preservação da oralidade, das nossas ancestralidades, dos contos, dos profissionais que contam e da necessidade de ampliação das discussões sobre o contador contemporâneo. É também um documento de construção coletiva, participativa e colaborativa, entre os contadores de histórias e sociedade em geral.
CARTA DOS CONTOS - PROGRAMAÇÃO:
·         MESA 1 –Políticas Públicas (TEMPO: 1h30)
o   1º – William Reis (Associação Amigos das Histórias): versará sobre os caminhos percorridos no trabalho para valorização do contador de histórias no DF e sobre a Lei da Semana Distrital do Contador de histórias.
o   2º – Alexandre Rangel (Diretor Financeiro da Secretaria de Cultura): será convidado a falar sobre o processo percorrido para definição do cachê para o contador de histórias na Secretaria de Cultura e de como ter acesso a recursos para projetos. Versará, ainda, sobre quais os apoios disponíveis na Secretaria de Cultura e quais os procedimentos/ações possíveis para fortalecer/valorizar o artista contador de histórias dentro da SECULT.
o   3º – Aníbal Perea (Secretaria de Cultura): será convidado a falar sobre o Plano Distrital do Livro e da Leitura –PDLL - e de como o contador de histórias pode envolver-se na implementação do referido Plano, o qual fortalece o artista contador de histórias. Também compartilhará sua experiência sobre como é o trabalho e o espaço de atuação do contador de histórias na Colômbia.
o   4º – Andréa Sousa (Subsecretaria de Cultura de São Paulo): será convidada a falar sobre seu trabalho como contadora de histórias e também sobre o que é feito hoje em São Paulo para valorização e fortalecimento do contador de histórias.
o   AO FINAL DA MESA:  02 minutos para complementar as falas/ Sorteio de 03 perguntas – 03 minutos para resposta.
·         MESA 2 – Mesa Encantos (TEMPO: 1h30)
o   1º – Kiara Terra: versará sobre seu método de trabalho e o que a inspirou a desenvolvê-lo; como começou e quais seus projetos atuais.
o   2º – Marlene Freitas: tratará sobre a importância da brincadeira e do brincar e contará sobre o projeto Massaroca, além da forma como ela relaciona a brincadeira à história.
o   3º – Shirlene ( grupo Gwaia): abordará a construção de seu trabalho e do grupo Gwaia. Tratará, ainda, de como funciona a relação de apoio com a universidade, ressaltando com quais áreas da universidade o projeto do Grupo Gwaia dialoga.
o   4º – Alice Bandini: será convidada a contar sua experiência à frente dos projetos de livro e leitura nas bibliotecas de São Paulo e sobre os cursos para contadores de história que organizou como parte desses projetos.

o   AO FINAL DA MESA – 02 minutos para complementar as falas/ Sorteio de 03 perguntas – 03 minutos para resposta.